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Centro de Memória da UEMG Divinópolis lança livro da professora Batistina Corgozinho
29/05/2015
Assessoria de Comunicação – UEMG Unidade Divinópolis
O Centro de Memória Professora Batistina Corgozinho, da UEMG Unidade Divinópolis, realiza, no próximo dia 3 de junho, às 19h, no auditório da unidade, o lançamento (in memoriam) do livro “Pelos caminhos da Maria Fumaça: o trabalhador ferroviário: formação e resistência pelo trabalho”, da professora Batistina Maria de Sousa Corgozinho.
Editada em parceria entre a Fundação Educacional de Divinópolis (FUNEDI) e a Academia Divinopolitana de Letras (ADL), a obra é a dissertação de mestrado que a professora Batistina apresentou à Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1989.
Segundo o professor pesquisador do Centro de Memória José Heleno Ferreira, responsável pela organização da obra, o livro apresenta uma história detalhada do trabalho nas Oficinas da Rede, em Divinópolis, e a análise dos processos de formação e conformação do trabalhador ferroviário, por meio de depoimentos dos próprios ferroviários.
“O legado da professora Batistina em relação à história do Centro-Oeste Mineiro é inestimável. Seus estudos e pesquisas culminaram na produção de livros e artigos que têm a região como objeto de estudo. A formação e conformação do trabalhador ferroviário, tema deste livro, o processo de construção de uma cultura urbana em Divinópolis no início do século XX, objeto de estudo no doutorado em Educação, e a Festa de Santa Cruz e a tradição do terço cantado, ao qual se dedicou no pós-doutorado, são exemplos de seu compromisso com a história da região Centro-Oeste”, ressaltou o professor no texto de apresentação do livro. “Batistina deixou abertas diversas veredas pelas quais poderão seguir todos aqueles que tiverem interesse em estudar o Centro-Oeste Mineiro. Seguir estas veredas será uma forma de reconhecer o seu trabalho, de homenagear seu esforço e dedicação constantes e, ainda, quem sabe, mitigar um pouco o sentimento de desolação que sua ausência nos traz”, completou.
Descerramento de placa
Após o lançamento do livro, acontecerá o descerramento da placa do Centro de Memória, que recebeu, por meio da Resolução 1/2015 da FUNEDI, publicada no último dia 30 de março, o nome da professora Batistina Corgozinho.
A apresentação da homenagem foi anunciada durante o evento em comemoração aos 50 anos da FUNEDI, ocorrido no último dia 24 de março. Na ocasião, o presidente da instituição e diretor administrativo da UEMG Unidade Divinópolis, professor Gilson Soares, destacou a importância da professora para a instituição e, principalmente, para o desenvolvimento das pesquisas referentes à memória local.
Histórico da professora Batistina Corgozinho
Nascida em Santo Antônio do Monte (MG), em 24 de março de 1953, e falecida em Divinópolis (MG), em 16 de outubro de 2013, Batistina implantou e coordenou o Centro de Memória da FUNEDI desde a criação do setor, em 2005, tendo dedicado-se, com notório empenho, ao trabalho de pesquisa sobre a história e a memória do Centro-Oeste Mineiro.
Era mestre e doutora em Educação pela UFMG, pós-graduada em Sociologia e em “Escolhas e contingências” (política e sociedade) pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) e graduada em Ciências Sociais pelo INESP, instituto mantido pela FUNEDI em Divinópolis.
Lecionava para diversos cursos de graduação da FUNEDI desde o final da década de 1970. Também era docente da rede pública de Minas Gerais e do Mestrado Profissional em Desenvolvimento Regional da FUNEDI e membro do Conselho do Patrimônio Histórico, Artístico e Paisagístico de Divinópolis.
Em dezembro de 2012, concluiu, junto ao Centro de Memória da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pós-doutorado sobre a Festa de Santa Cruz, tradicional manifestação da religiosidade popular realizada em áreas rurais e periferias de cidades da região do Centro-Oeste Mineiro.
Entre outros, publicou o livro “Nas linhas da modernidade”, no qual analisou o processo de modernização ocorrido na região do Centro-Oeste Mineiro a partir da experiência de Divinópolis. Organizou, junto com o frei Leonardo Lucas Pereira, o livro “Escritos bernardinianos”, em comemoração aos 90 anos do frei Bernardino Leers (1919-2011). Também participou de diversas coletâneas sobre a área de história e memória.
Coordenava, desde 2006, a realização bianual do Seminário História e Memória do Centro-Oeste Mineiro. Desenvolveu trabalhos nas áreas de ensino, pesquisa e extensão, principalmente sobre a memória social, utilizando a metodologia da história oral, bem como o estudo de fotografias e jornais.
DIVINÓPOLIS
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