Turma da Unidade Ibirité realiza visita a comunidade quilombola de BH
28/06/2018
"Ouvir para também contar a história não contada, mirar o que nos acostumamos a deixar à margem, entender sobre mundos que, singulares, constituem-se sob a luta sensível de todo um povo e cultura que sedimenta a todos nós brasileiros". Com essas palavras, o professor da UEMG Unidade Ibirité, Douglas Tomácio, definiu a experiência que os alunos de Letras do do 1º período da Unidade Acadêmica tiveram, junto a ele, em visita, no último sábado (24/06), em visita ao quilombo urbano Manzo Ngunzo, localizado na cidade de Belo Horizonte.
Entendendo a necessidade de se estimular a reflexão advinda de lugares de fala que não apenas a Universidade, o encontro consolidou-se como oportunidade de estabelecer pontes e compreensões a partir da realidade de uma comunidade quilombola, que, pautada na legitimidade de seus saberes tradicionais de gerações, ofertaram à comunidade acadêmica um diálogo fecundo acerca do ser negro e negro quilombola na sociedade brasileira contemporânea: "Foram aprendizagens que, afetas e nos afetando, possibilitaram um conhecer sensível, disseram de uma luta por igualdade que se faz necessária, apontaram para o papel que cabe a cada um de nós, inclusive no sentido de reconhecer a importância dessa cultura para a formação de educadores. Estes, comprometidos, formam-se e formarão rumando à construção de horizontes mais habitáveis a todXs. Aprendizagens, enfim, possíveis sob os 'Ventos fortes de um Kilombo' chamado Manzo", comenta o professor, responsável pela disciplina “História da Cultura Indígena e Africana”.
“O que queremos é que todos possam contar suas histórias, assim como contamos a nossa. O que queremos é que parem de contar suas histórias dizendo que são nossas essas histórias.” - depoimento de Makota Kidoialê, uma das lideranças do Manzo, coletado durante a visita
IBIRITÉ
|