Através de um calendário de mesa, distribuído para professores e servidores, o Guia do Aluno, para todo o corpo discente da Universidade e um selo comemorativo, trabalho desenvolvido pelas designers Carla Mara e Sofia Carvalho, da Assessoria de Comunicação, a UEMG está homenageando o artista Alberto da Veiga Guignard, pela passagem de 50 anos de sua morte.
Essa homenagem representa muito. Guignard foi professor de uma das unidades do Campus BH que hoje tem o seu nome: Escola Guignard
Alberto da Veiga Guignard nasceu em 25 de fevereiro de 1896, em Nova Friburgo RJ. Viajou para a Alemanha em 1916 e matriculou-se na Real Academia de Belas-Artes da Baviera, em Munique. De volta ao Brasil em 1929, passou a residir no Rio de Janeiro, onde ensinava desenho e pintura na Fundação Osório e na antiga Universidade do Distrito Federal.
Sob certos aspectos, seu estilo assemelha-se ao de pintores alemães do movimento da nova objetividade, que tinham como meta uma simplicidade próxima ao primitivismo. Sua obra é dominada, entretanto, por uma perfeita concepção técnica, presente em seus desenhos, sínteses de paisagens, feitos num grafismo sem hesitações.
A influência de expressionistas como Hermann Groeber e Adolf Hengeler, com os quais Guignard estudou na Alemanha, não deixou de se refletir em seus primeiros trabalhos, como a "Família do fuzileiro naval" (1931; Casa Mário de Andrade, São Paulo).
Em 1944 mudou-se para Belo Horizonte e a convite do prefeito Juscelino Kubitschek, fundou a Escola Municipal de Belas-Artes, onde exerceu grande influência sobre as gerações mais novas. Deixou um legado artístico inconfundível. Viveu entre as montanhas de Minas, criou escola, ganhou discípulos e admiradores. Foi um artista completo. |